Serra de Água pertence à Ribeira Brava, tem cerca de 24 km² de área a uma altitude de 640 metros tendo na agricultura a sua principal actividade.
É conhecida pelo recorde do fogo de artifício mas também pela sua excelente poncha.
Estórias da vida real, citações e situações
É aqui no concelho que se desenvolve a cultura da vinha da qual nasce o Vinho da Madeira.
Vimos a estátua de bronze do mestre Anjos Teixeira ao lado do mercado, representação de junta de bois a puxar um barril de vinho da Madeira. A visibilidade da obra de arte tem sido alvo de polémica.
A escolha centrou-se num restaurante com boa avaliação para começar em grande, pelo que o “Abrigo do Pastor” na Camacha foi uma escolha acertada.
A estrada até lá estava em obras, antevendo o alargamento da via e suavização da subida. Aliás as obras na ilha são uma constante, o investimento público é particularmente notório. A rede de túneis é fabulosa.
Aqui está o busto de Cristiano Ronaldo, o actual.
Comprámos fruta exótica vária, donde destacamos as bananas, claro e a Anona.
Fiquei com a ideia que de alguma maneira colocam mel dentro da Anona.
A montanha do Pico dá nome à ilha. São cerca de 2 351 metros acima do nível do mar o que torna esta formação a terceira maior numa ilha do oceano atlântico.
As vacas pululam literalmente por toda a parte numa pose serena e compenetrada no seu modo de vida.
Fomos à casa da montanha onde os caminhantes se registam e acompanhados via GPS.
Aqui ficam as fotografias seleccionadas num lote de dezenas onde o fascínio por uma das mais belas paisagens de Portugal é patente.
Por Fátima Sequeira Dias
Ponta Delgada foi elevada a cidade, no reinado de D. João III, conforme reza a carta régia de 2 de Abril de 1546, depois da primeira capital da ilha – Vila Franca do Campo – ter sido devastada pelo terrível terramoto de 1522.
A historiografia celebra o século XIX como a época áurea da cidade de Ponta Delgada e da ilha de S.Miguel, pela prosperidade económica, graças à exportação de citrinos para o Reino Unido, e pelo cosmopolitismo, graças à fixação de numerosos comerciantes estrangeiros, nomeadamente de inúmeras famílias judaicas, a partir de 1818. A imitação do gosto inglês ficou, então, patente na plantação de jardins ao gosto romântico – como os de António Borges, José do Canto, Jácome Correia e Visconde Porto Formoso (actual Universidade dos Açores) -, na construção de belíssimos palacetes e no “embelezamento” progressivo da urbe, com a proibição da deambulação de animais nas ruas, a abertura de novas ruas, a localização do cemitério público no extremo Norte da cidade e a periferização dos mercados do peixe, do gado e das frutas.
Graças à importância da actividade mercantil, Ponta Delgada era, então, considerada a terceira cidade do país, em riqueza e em número de habitantes. Recorde-se, por exemplo, a surpresa do poeta Bulhão Pato, traduzida nas suas Cartas, com a extraordinária riqueza dos proprietários das quintas de laranja – os gentlemen farmers – senhores da terra e da especulação do solo urbano, exportadores de laranja e de milho, banqueiros e usurários, industriais e armadores – que faziam do investimento emblemático e simbólico do espaço, uma forma privilegiada de afirmação económica e de estratégia de reprodução social.
No início do século XX, Ponta Delgada ainda se encontrava em oitava posição no seio do universo urbano português. No decurso das últimas décadas, porém, o crescimento urbano em Portugal, por força da acelerada industrialização e da perda de importância da economia rural – à semelhança do se tinha verificado no mundo desenvolvido, desde os inícios de oitocentos -, veio contribuir para que não só crescesse o número de cidades, como aumentasse a população urbanizada a nível nacional, e, nesse sentido, Ponta Delgada, tomando por base o critério do número de habitantes, com os seus menos de cinquenta mil habitantes, foi “atirada” para o ranking das pequenas cidades portuguesas.
Ponta Delgada, contudo, nunca deixou de ser a primeira do arquipélago pela riqueza gerada, pelo número dos seus habitantes, pelo seu inestimável património, pela sua importância cultural e pelo seu cosmopolitismo.
Original: https://www.visitpontadelgada.pt/ponta-delgada/geo_artigo?geo_article_id=2487
Apontamentos da chegada.